A saúde pública de Mossoró, na gestão Allyson Bezerra (União Brasil), acaba de ganhar um vergonhoso destaque nacional. Em matéria publicada ontem (3) pela Folha de S. Paulo, o município apareceu na lista das dez piores cidades do Rio Grande do Norte no Ranking de Eficiência dos Municípios (REM-F) de 2024. Entre as 167 prefeituras do estado, Mossoró ocupa a humilhante 153ª posição nos indicadores de saúde.
Os números revelados pelo jornal Folha são vergonhosos e expõem a precariedade dos serviços públicos em Mossoró. Um quarto da população, cerca de 63.498 habitantes, não tem acesso à atenção básica de saúde oferecida pelas Equipes de Saúde da Família (ESF). Além disso, metade dos domicílios mossoroenses não possui cobertura de esgoto. No Ranking de Eficiência Municipal (REM-F), Mossoró amarga a 1.343ª posição entre os 5.570 municípios brasileiros, com uma nota de apenas 0,567 em uma escala de 1,00, destacando a ineficiência da gestão pública local.
As três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estão em estado de sucateamento, revelando o completo abandono. A falta de transparência nos recursos destinados à saúde e a demora absurda para a realização de exames são uma constante. Cirurgias que deveriam ser realizadas no município estão sendo transferidas para outras cidades, e um tomógrafo do PAM ficou mais de dois anos encaixotado, sem qualquer utilidade, enquanto pacientes agonizam na fila de espera.
“A reportagem da Folha de São Paulo escancara o que o prefeito tenta esconder: a saúde de Mossoró está entre as 10 piores do RN. Tentaram barrar minhas visitas às unidades de saúde para que o descaso não fosse exposto, mas a Justiça Eleitoral garantiu meu direito de conhecer esse cenário triste que a gestão insiste em ocultar. Essa é a Mossoró de verdade, onde a saúde está na UTI, respirando com ajuda de aparelhos”, pontuou Genivan.